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Porquê amoras? Porquê panquecas? A receita é simples: porque as amoras são frutos pequenos, mas mesmo assim selvagens e doces. Porque as panquecas são saborosas e igualmente doces... Tudo o que este blog gostava de ter: pensamentos doces e selvagens.
Ainda ontem, a caminho de casa, falava com o H. sobre a falta de civismo das pessoas. Comentava que cada vez mais as pessoas estão mais egoístas, se antes apenas alguns demonstravam falta de civismo, agora a grande maioria é de uma sacanice atroz!
Sentia-me desiludida com aquilo em que a humanidade se tornou. Perdeu a capacidade de perdoar, em prol da vingança; perdeu a vontade de lutar por um mundo melhor para todos, em prol da apatia e do conformismo.
Horas depois, soube da notícia da morte de Nelson Mandela.
Aquilo mexeu cá dentro. Para mim, Mandela sempre foi uma figura intemporal, que no meu inconsciente iria viver (fisicamente) para sempre. Iria ser - tinha de ser - assim para relembrar o mundo do significado de liberdade, paz, amor e perdão. Como alguém disse: Nelson Mandela é e foi o "Guerreiro Supremo de Paz, Amor e Justiça".
Uma das minhas frases preferidas deste Guerreiro Supremo é:
"People must learn to hate, and if they can learn to hate, they can be taught to love, for love comes more naturally to the human heart than its opposite... Man's goodness is a flame that can be hidden but never explained.”
Madiba, como carinhosamente lhe chamavam, era a lição de amor, de perdão, do que significa lutar por algo maior do que nós, lutar pelo bem comum.
Tal como Mandela, eu acredito que ninguém nasce a odiar ninguém, que esse sentimento é-lhe ensinado. Então, se o ser humano aprende a odiar, também pode aprender a amar e isso é uma dádiva! Eu acredito na bondade de todos os seres humanos, apenas alguns decidem esconder muito bem essa chama...
Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
[Invictus por William Ernest Henley]
Esta é a minha pequena, mas sincera, homenagem a Mandela!